MetAtopCit (2022)
A inteligência artificial emerge como tecnologia de alto nível, acessível à todos. Mais uma vez, revolucionando as praticas criativas de design e transformando, em diversas escalas e proporções os relacionamentos humanos, sociais, ecológicos e ecossistêmicos. Isso também torna normal, que em alguns casos este acesso contribua para a banalização do conhecimento, afetando muitas práticas, profissões, campos do conhecimento e disciplinas. Inclusive a arquitetura, mas isso faz parte do processo de adaptação voltada a inovação dos territórios de existência e convivência.
De tal modo, a Inteligência Artificial é uma exelente ferramenta de criação, partindo do aproveitamento e reorganização de referências cruzadas. Trabalhando com o entrecruzamento de imagens, textos, áudios, programação e linguagens diversas. Gerando complexas teias de símbolos, compondo narrativas, com o cruzamendo de estilos, métodos e contextos arquitetônicos, apresenta uma visão aberta para um futuro, atendo à coisas que podem passar despercebidas ao um olhar puramente humano dos especialistas.
Essa sensibilização da arquitetura é proveniente de seu caráter imaginário e imaterial, volta-se para sua fluidez, que paira como uma nuvem de dados que se distribuí entre sistemas, como uma onda imersiva de energia comunicativa, que navega afetando locais do espaço. Em proveito de conexões conjuntivas e transferências de ações generativas, as infraestruturas e estruturas dos lugares da cidade se expandem, ampliando as conjunturas físicas das habitações e as inclusões de deslocamento de seus membros, nos locais de convívio do espaço urbanístico e natural, que precisam se adaptar em resposta aos novos usos.
Neste sentido, a disciplina da arquitetura está prestando cada vez mais atenção aos possíveis usos destes métodos de aprendizado profundo das redes neurais de Inteligência Artificial.
Propõe-se assim, na série de imagens MetAtopiCit, a ideia de múltiplos e futuros possíveis, em diversos habitats urbano, onde redes generativas associam sistemas orgânicos e artificiais, num ambiente transorgânico que se atualiza constantemente. Compondo proposições de cidades que se comportam como metaecosssistemas interdependentes, onde edificações concretas e físicas podem se associar com as arquiteturas imaginárias e fluidas.
Apresentando edificações que são composições vivas, que parecem ter sentidos, e organismos biológicos, como: sistemas nervosos, sanguíneos, respiratórios, imunológico, péles, músculos, esqueletos, e olhos. Estas criações renunciam um futuro completamente dominado por humanos, tecnologias ou entidades extraterrestres, em vez disso, apresentam todas estas incorporadas umas as outras.
Portanto, propõe-se um metaecossistema que visa provocar conexões deslocamentos espaciais eventuais e hibridizações entre meio físico e digital, entre indivíduos e ambientes. Neste contexto, na série MetAtopCit, cria-se imagens de cenas urbanas onde a diversidade de estilos arquitetônicos, que já contam com sua multiplicidade de sistemas (estruturais e energéticos) associados, agora aprendem e se mesclar a outros sistemas e organismos vivos.
Examinando assim, o agenciamento de processos e tomadas de decisão em um mundo definido por colaborações homem/máquina e sua relação com aspectos de uma ecologia de design pós-humano. Esforça-se para esclarecer a posição e o papel da Inteligência Artificial na disciplina de design urbano.
Mergulha-se numa jornada contínua explorando a interseção entre arte, arquitetura e tecnologia. Este processo tem início através que, experimentando os limites e potenciais da ferramenta de design, visa-se produzir arquiteturas orgânicas, para um novo mundo sem necessidade de uma autoria pura, objetivo de associar coisas de campos diversos, como biologia, tecnologia, arte, natureza e urbanismo.
Igualmente, MetAtopCit, apresenta diversos arranjos de organismos e composições metaestáveis, arranjadas em topologias informacionais dinâmicas, e associações entre indivíduos, elementos e entidades de um sistema. Atuantes como pontos variáveis de tensões e potencialidades, que geram trocas eventuais não-lineares entre si.
Idealiza-se assim, habitats que não são dominadas apenas pelos conhecimentos humano, e sim integradas de modo amplo com a natureza e outras ciências, visando investigar novos modos de existência interespécies. Aspirando compreender atitudes sustentáveis, direcionadas para relações colaborativas entre sistemas informacionais e energéticos (de recursos naturais, como: alimentos, ar, água e luz solar).
Em uma ecologia de design onde os limites entre a cognição humana e computacional são cada vez mais tênues, o processo apresentado colhe as múltiplas soluções encontradas por artistas e arquitetos ao longo dos tempos e emprega a mineração de big data para criar possíveis novas soluções para problemas de planejamento. Porém, esta aparente aleatoriedade, que produz alternativas sempre novas, é ordenada e provém da recursividade do processo generativo.
Nesta colagem, em primeiro plano esta posicionado um printscreem de uma cena de um filme pornô (postado no site XVídeos), onde duas mulheres fazem sexo. Nesta cena, seus corpos encontram-se entrelaçados compondo uma estrutura piramidal, associando-se, compartilhando energias e sensações. Esta cena esta centralizada sobre a fotografia dos galhos secos utilizada em FracTree (capítulo 2.1.1), que serve de plano de fundo desta composição.
Esta composição visual é ativada em seguida pela inscrição de um prompt de texto, que processa e indica uma série de referencias ou estilos a para gerar nova arte com transforma esta utilizando aprendizado automático de máquina, redes neurais artificiais com IA. Neste caso, algumas palavras utilizadas foram nesta ordem e grafia: “pos organic architecture media real meta trans urban nature generative ecossistema future extra ciber ...”
Considerando as transições evolutivas da natureza, como transformações metassistemicas que mantém a vida sempre pulsante, por meio de inovações e Influenciadas entre linguagens, culturas e sistemas de processamento de informações entre humanos e outras espécies. Que causam notáveis transições sociais, que produzem um humano híbido a ecossistemas biológicos e tecnológicos.
A informação digital passa a afetar as relações numa escala semelhante à informação natural da biosfera. Portanto, como em transições evolutivas anteriores, o potencial de simbiose entre informações naturais e artificiais pode atingir um ponto crítico, onde os códigos poderão competir com outro sistemas, visando a seleção natural.
Poranto, é necessário se pensar em sistemas adaptáveis e inteligentes que posam ser capazes de aprender procedimentos e hábitos, para usar esse conhecimento na aprimoração de novos modos de relacionamento. Visnado responder às mudanças da melhor maneira possível, se autoregulando com seu ambiente.